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M. Eugénia Prata Pinheiro

quinta-feira, maio 06, 2010

Do blogue do Octávio Gonçalves

Já o repeti vezes sem conta, mas não me canso de sublinhar esta evidência: em política, nenhum processo arbitrário, injusto e desacreditado pode produzir qualquer resultado aceitável, seja para que efeito for. O 1º ciclo de avaliação do desempenho foi uma farsa absoluta, pelo que nenhuma tentativa de o validar resultará, seja para efeitos de políticos arrogantes e equivocamente infalíveis salvarem a face, seja para oportunismos ou estratégias negociais de circunstância.
Só existe uma solução decente para lidar com as políticas educativas falhadas de Sócrates: atirar este modelo de avaliação ao lixo e anular todos os efeitos do 1º ciclo de avaliação, optando-se uma decisão administrativa de classificar todos os professores com Bom.
Estou absolutamente convicto que isto acabará por acontecer, sendo apenas uma questão de tempo.
O dramático é que, entretanto, as crianças e os jovens vão assistindo ao espectáculo vergonhoso de terem uma tutela da Educação, quer condenada por desobediência ao Tribunal, quer desnorteada a insistir obstinadamente em decisões absurdas e injustas ou ocupada a fazer e desfazer, sem tino, medidas de política educativa.
Ao mesmo tempo, são confrontados com responsáveis políticos deste PS de Sócrates a contradizerem-se em Comissões Parlamentares, a furtarem gravadores, a tentarem controlar a comunicação social ou a precipitarem-se, estranhamente (porquê a pressa?), para obras megalómanas que arruinarão as finanças do país.
Nada de grave para os paladinos da educação socrática, a pior mancha de incompetência e de vergonha que alguma vez se abateu sobre o Portugal democrático.