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M. Eugénia Prata Pinheiro

quarta-feira, novembro 24, 2010

Os invisíveis convocam


porque o deserto só recua se o fizermos recuar...
a greve não pára aqui!

Quem é que ainda confia nesta gentinha que nos governa?

Falam-nos, dia sim, dia sim, da crise. Nos jornais e nos telejornais, no parlamento e nas empresas, a mesma conversa, a mesma sensação de que nos estão a ir ao bolso. E já nem outro pão conseguem vender. A austeridade que nos é proposta não se disfarça sequer com anúncios de melhores dias. A partir de agora, tudo serão sacrifícios.

Cada vez se torna mais claro o significado d...
a palavra crise: um assalto descarado, um roubo organizado. O défice, a competitividade ou a rigidez da legislação laboral não são senão argumentos para nos explorarem mais e melhor. A crise é este sistema, o próprio capitalismo.

Perante esta realidade, uma evidência: ninguém aceita esta chantagem. A oposição ao cenário de desolação financeira, económica e social, mais do que propor reformas do sistema financeiro, políticas de emprego e um capitalismo um pouco menos selvagem, terá de romper, bloquear, paralisar o funcionamento da economia, interromper os seus fluxos, desmantelar os seus dispositivos.

Estamos com esta greve porque parar a economia é danificar o núcleo do sistema capitalista e tudo o que a isso conduza só pode ser bom. Manifestamo-nos fora dos sindicatos e dos partidos, porque a nossa raiva não é negociável e as nossas vidas não têm preço.

Nós tomámos uma opção: não reivindicamos nada nem pedimos nada. Viemos buscar o que é nosso.

Desejamos que as rupturas se multipliquem e agreguem, neste momento em que o capitalismo está emperrado e os governantes aterrorizados. Temos aguardado por uma oportunidade para nos livrarmos do passado de uma vez por todas. Temos aguardado que alguma coisa nova comece. É tempo de começar.

Esta manifestação é convocada por diversos colectivos e está aberta à participação e convocação de todos os anticapitalistas e antiautoritários.

Os invisíveis