O silêncio dos inocentes
O Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa decidiu não levar a julgamento seis jovens que foram processados pelo ex-deputado socialista Paulo Pedroso por alegada difamação e falsidade de testemunho no julgamento do caso Casa Pia, disse hoje à Lusa fonte ligada ao processo.
Segundo a mesma fonte, a decisão instrutória de não levar os jovens a julgamento determinou não haver indícios que permitam concluir que jovens prestaram falsos testemunhos contra Paulo Pedroso quando foram ouvidos em sede de julgamento.
Em Julho de 2008, o Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa mandou arquivar o processo de Paulo Pedroso, por difamação, falsidade de testemunho e denúncia caluniosa, contra as seis vítimas do processo Casa Pia que referiram o nome do ex-deputado durante o julgamento do escândalo de pedofilia.
Perante esta decisão do Ministério Público, foi requerida a abertura de instrução pelo queixoso.
Paulo Pedroso chegou a ser acusado e a estar preso preventivamente no âmbito do processo principal de pedofilia da Casa Pia, mas foi ilibado pela juíza de instrução Ana Teixeira e Silva, pelo que não foi levado a julgamento, onde os jovens voltaram a reiterar o seu envolvimento no caso.
O julgamento do processo Casa Pia dura há mais de cinco anos e senta no banco dos reus o ex-motorista casapiano Carlos Silvino, o ex-provedor adjunto da instituição Manuel Abrantes, o apresentador de televisão Carlos Cruz, o embaixador Jorge Ritto, o médico João Ferreira Diniz, o advogado Hugo Marcal e Gertrudes Nunes, dona de uma casa em Elvas onde alegadamente ocorreram abusos sexuais de jovens casapianos
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