Actas negociais confirmam o embuste da representação dos professores
Furtei do Octávio Gonçalves:
Vários meses após a consumação do vergonhoso (sublinho-o, agora, com razões acrescidas) Acordo de Princípios, eis que a Fenprof disponibiliza AQUI as actas das várias rondas negociais.
Mesmo que me confine, por agora, a uma leitura diagonal das mesmas, no intervalo do jogo de futebol entre Portugal e a Costa do Marfim, permito-me, desde já, destacar três conclusões cruciais, que desenvolverei posteriormente de forma mais documentada:
- as actas revelam uma aceitação tácita, por parte da Fenprof, do modelo de avaliação do desempenho que os professores rejeitaram nas escolas e nas ruas. Apenas se abordaram questões de pormenor a este respeito, sem que em algum momento tenham assumido a centralidade de exigências, contrariando e desrespeitando aquilo que constituiu o leitmotiv da luta dos professores;
- as actas deixam bem claro que a Fenprof abandonou, nas negociações, a tese da "farsa" do 1º ciclo de avaliação, agitada até Novembro de 2009, o que se traduziu na vergonhosa e "traiçoeira" (porque a Fenprof também incentivou os professores a não entregarem os objectivos individuais) aceitação das classificações que de forma arbitrária, oportunista e relativista (com variações inacreditáveis de escola para escola) foram atribuídas aos professores, no âmbito desse atribulado e nada sério 1º ciclo de avaliação;
- as actas não registam nenhum compromisso, por parte do ministério da Educação, de anulação das classificações do 1º ciclo de avaliação para efeito de concursos, o que contradiz as declarações públicas de Mário Nogueira. As actas apenas referenciam a introdução do tema, sob a forma de apelo da Fenprof para discussão futura, mas sem qualquer feedback ou reacção por parte do ministério da Educação.
Voltarei a estas temáticas, porque o que as actas negociais evidenciam é demasiado grave em termos do que é ou deve ser a representatividade sindical das reivindicações dos professores.
Mesmo que me confine, por agora, a uma leitura diagonal das mesmas, no intervalo do jogo de futebol entre Portugal e a Costa do Marfim, permito-me, desde já, destacar três conclusões cruciais, que desenvolverei posteriormente de forma mais documentada:
- as actas revelam uma aceitação tácita, por parte da Fenprof, do modelo de avaliação do desempenho que os professores rejeitaram nas escolas e nas ruas. Apenas se abordaram questões de pormenor a este respeito, sem que em algum momento tenham assumido a centralidade de exigências, contrariando e desrespeitando aquilo que constituiu o leitmotiv da luta dos professores;
- as actas deixam bem claro que a Fenprof abandonou, nas negociações, a tese da "farsa" do 1º ciclo de avaliação, agitada até Novembro de 2009, o que se traduziu na vergonhosa e "traiçoeira" (porque a Fenprof também incentivou os professores a não entregarem os objectivos individuais) aceitação das classificações que de forma arbitrária, oportunista e relativista (com variações inacreditáveis de escola para escola) foram atribuídas aos professores, no âmbito desse atribulado e nada sério 1º ciclo de avaliação;
- as actas não registam nenhum compromisso, por parte do ministério da Educação, de anulação das classificações do 1º ciclo de avaliação para efeito de concursos, o que contradiz as declarações públicas de Mário Nogueira. As actas apenas referenciam a introdução do tema, sob a forma de apelo da Fenprof para discussão futura, mas sem qualquer feedback ou reacção por parte do ministério da Educação.
Voltarei a estas temáticas, porque o que as actas negociais evidenciam é demasiado grave em termos do que é ou deve ser a representatividade sindical das reivindicações dos professores.
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