Sem comentários - carta transcrita do jornal "Público"
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o 10.º ano
Fui à Escola EB 2,3 André Soares, em Braga, para matricular um filho meu no 10.º ano de escolaridade quando deparei com uma situação que julgo, no mínimo, insólita.
Para começar, soube que as "fichas de actualização de dados" dos alunos não estiveram prontas, de manhã, mas só à tarde, pelo que os pais que se dirigiram à escola, pela manhã, para matricular os filhos no 10.º ano tiveram de o fazer nos impressos antigos!
Depois, quando a directora de turma chegou com os novos impressos, verifiquei que, nessa ficha, eu tinha duas direcções diferentes (antigas), e a actual nem sequer lá constava, muito embora eu tivesse avisado a directora de turma, no início deste ano lectivo, das alterações necessárias...
Mas o mais grave é o seguinte: nos boletins antigos, um aluno indicava, primeiro, a preferência pelo curso e, em segundo, a sua preferência pela(s) escola(s) a frequentar. O que equivale a dizer que se um aluno quisesse, então, por exemplo, optar por três cursos diferentes, em três escolas secundárias diferentes, por simples cálculo combinatório, este aluno teria, pelo menos, nove hipóteses de combinações diferentes, esgotadas que fossem, preferencialmente, as suas opções hierarquizadas.
O novo modelo "informático" só permite a indicação do curso em que se inscreve, numa alínea, e noutra só permite a indicação das outras preferências quanto a cursos. Mas omite completamente a indicação da(s) escola(s) secundária(s) onde os quer frequentar e por que ordem de preferência. Assim sendo, a liberdade de escolha fica coarctada. O modelo antigo, pelo menos, salvaguardava as preferências quer quanto ao curso, quer quanto às escolas onde os frequentar.
Não sei quem determinou a utilização deste modelo. Uma coisa é certa, pelo menos: mais uma vez estamos perante um acto burocrático estúpido, limitativo da liberdade de opção e de escolha de cursos e de escolas. Porque os alunos, anteriormente, sempre podiam escolher um curso e/ou uma escola, de modo a salvaguardar as suas preferências, centrassem-se elas num curso e/ou numa escola.
O boletim abria a possibilidade a várias combições que respeitavam as preferências dos alunos. O presente modelo, não.
Só uma pergunta final: a quem pedir responsabilidades?
Armando Rui C. M. Guimarães
P.S. Agradecia que algum professor de Língua Portuguesa me elucidasse acerca do seguinte ponto. No espaço da ficha intitulado "Curso a Frequentar", no ponto 3 lê-se o seguinte: "Cursos que pretende frequentar, por ordem de preferência no caso de não existir vaga no curso indicado a cima" (sic) (itálico meu). A minha dúvida é: é assim que se escreve a cima, ou não deveria ter sido escrito acima? E é este o Ministério da Educação que temos!
o 10.º ano
Fui à Escola EB 2,3 André Soares, em Braga, para matricular um filho meu no 10.º ano de escolaridade quando deparei com uma situação que julgo, no mínimo, insólita.
Para começar, soube que as "fichas de actualização de dados" dos alunos não estiveram prontas, de manhã, mas só à tarde, pelo que os pais que se dirigiram à escola, pela manhã, para matricular os filhos no 10.º ano tiveram de o fazer nos impressos antigos!
Depois, quando a directora de turma chegou com os novos impressos, verifiquei que, nessa ficha, eu tinha duas direcções diferentes (antigas), e a actual nem sequer lá constava, muito embora eu tivesse avisado a directora de turma, no início deste ano lectivo, das alterações necessárias...
Mas o mais grave é o seguinte: nos boletins antigos, um aluno indicava, primeiro, a preferência pelo curso e, em segundo, a sua preferência pela(s) escola(s) a frequentar. O que equivale a dizer que se um aluno quisesse, então, por exemplo, optar por três cursos diferentes, em três escolas secundárias diferentes, por simples cálculo combinatório, este aluno teria, pelo menos, nove hipóteses de combinações diferentes, esgotadas que fossem, preferencialmente, as suas opções hierarquizadas.
O novo modelo "informático" só permite a indicação do curso em que se inscreve, numa alínea, e noutra só permite a indicação das outras preferências quanto a cursos. Mas omite completamente a indicação da(s) escola(s) secundária(s) onde os quer frequentar e por que ordem de preferência. Assim sendo, a liberdade de escolha fica coarctada. O modelo antigo, pelo menos, salvaguardava as preferências quer quanto ao curso, quer quanto às escolas onde os frequentar.
Não sei quem determinou a utilização deste modelo. Uma coisa é certa, pelo menos: mais uma vez estamos perante um acto burocrático estúpido, limitativo da liberdade de opção e de escolha de cursos e de escolas. Porque os alunos, anteriormente, sempre podiam escolher um curso e/ou uma escola, de modo a salvaguardar as suas preferências, centrassem-se elas num curso e/ou numa escola.
O boletim abria a possibilidade a várias combições que respeitavam as preferências dos alunos. O presente modelo, não.
Só uma pergunta final: a quem pedir responsabilidades?
Armando Rui C. M. Guimarães
P.S. Agradecia que algum professor de Língua Portuguesa me elucidasse acerca do seguinte ponto. No espaço da ficha intitulado "Curso a Frequentar", no ponto 3 lê-se o seguinte: "Cursos que pretende frequentar, por ordem de preferência no caso de não existir vaga no curso indicado a cima" (sic) (itálico meu). A minha dúvida é: é assim que se escreve a cima, ou não deveria ter sido escrito acima? E é este o Ministério da Educação que temos!
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