Quer ser mesmo professor?
Aqui fica o Decreto Regulamentar sobre o exame de entrada para a profissão.
Embora duvide da bondade destas provas para seleccionar os que têm as melhores condições para exercer a profissão, compreendo a tentativa.
Há tanto curso por fax, tanta concepção que subentende a escola como um sítio ideal desde que por lá não haja alunos, tantos que gostariam de ter os alunos embalsamados, tantos que fazem tudo para conseguir escapar às aulas, aos alunos!
Maus professores andam por aí e não estarão apenas entre os mais jovens. Maus professores são os que não respeitam os alunos. E nunca um acontecimento como este que esta notícia relata deveria ser possível.
Agora passarão pela malha os que querem entrar ou os que estão há menos de cinco anos na profissão. E a malha saberá guardar os que são capazes e querem passar conhecimento? Os que respeitam os alunos? Os que sabem relacionar-se com as famílias? Os que estão disponíveis para aprender com a experiência e com os pares?
A ver vamos.
posted by Setora | 01:34
2 Comments:
Pois é...
Em toda e qualquer profissão haveremos sempre de ter os "bestiais" e os "bestas". Na Saúde, por exemplo, não é muito diferente.
O problema é que, aparentemente, dá-se primazia ao saber saber, desvalorizando-se o saber fazer e o saber estar e isso, na educação, parece-me ser o pior dos erros.
Não será bem bestiais/bestas. As bestas, nas escolas ou nos hospitais, estão a mais. Dos que estão lá bem, uns sabem mais disto outros daquilo, uns são mais pacientes outros menos, uns mais teóricos outros mais práticos...Há variedade e isso é bom e, se houver boa interacção, todos aprendem.O problema vem quando as chefias impedem essa interacção atulhando todos com papelada e ocupações de tempo absurdas. E cuidado com o "saber estar". O conceito é frequentemente usado para defender uma formação amorfa e acrítica.
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