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M. Eugénia Prata Pinheiro

terça-feira, julho 08, 2008

Noruega... para pensar !

Recebi por mail e cá fica para meditação.

"Na Noruega, o horário de trabalho começa cedo (às 8 horas) e acaba cedo (às 15.30). As mães e os pais noruegueses têm uma parte significativa dos seus dias para serem pais, para proporcionar aos filhos algo mais do que um serão de televisão ou videojogos. Têm um ano de licença de maternidade e nunca ouviram falar de despedimentos por gravidez."

"A riqueza que produzem nos seus trabalhos garante-lhes o maior nível salarial da Europa. Que é também, desculpem-me os menos sensíveis ao argumento, o mais igualitário. Todos descontam um IRS limpo e transparente que não é depois desbaratado em rotundas e estatuária kitsh, nem em auto-estradas (só têm 200 quilómetros dessas «alavancas de progresso»), nem em Expos e Euros." "É tempo de os empresários portugueses constatarem que, na Noruega, a fuga ao fisco não é uma «vantagem competitiva». Ali, o cruzamento de dados «devassa» as contas bancárias, as apólices de seguros, as propriedades móveis e imóveis e as «ofertas» de património a familiares que, em Portugal, país de gentes inventivas, garantem anonimato aos crimes e «confundem» os poucos olhos que se dedicam ao combate à fraude económica." "Mais do que os costumeiros «bons negócios», deviam os empresários portugueses pôr os olhos naquilo que a Noruega tem para nos ensinar.

E, já agora, os políticos. Numa crónica inspirada, o correspondente da TSF naquele país, afiança que os ministros não se medem pelas gravatas, nem pela alta cilindrada das suas frotas. Pelo contrário, andam de metro, e não se ofendem quando os tratam por tu. Aqui, cada ministério faz uso de dezenas de carros topo de gama, com vidros fumados para não dar lastro às ideias de transparência dos cidadãos. Os ministros portugueses fazem-se preceder de batedores motorizados, poluem o ambiente, dão maus exemplos e gastam a rodos o dinheiro que escasseia para assuntos verdadeiramente importantes." "Mais: os noruegueses sabem que não se «projecta o nome do país» com despesismos faraónicos, basta ser-se sensato e fazer da gestão das contas públicas um exercício de ética e responsabilidade.

Arafat e Rabin assinaram um tratado de paz em Oslo. E, que se saiba, não foi preciso desbaratarem milhões de contos para que o nome da capital norueguesa corresse mundo por uma boa causa."

"Até os clubes de futebol noruegueses, que pedem meças aos seus congéneres lusos em competições internacionais, nunca precisaram de pagar aos seus jogadores 400 salários mínimos por mês para que estes joguem à bola. Nas gélidas terras dos vikings conheci empresários portugueses que ali montaram negócios florescentes. Um deles, isolado numa ilha acima do círculo polar Árctico, deixava elogios rasgados à «social-democracia nórdica». Ao tempo para viver e à segurança social."

"Ali, naquele país, também há patos-bravos. Mas para os vermos precisamos de apontar binóculos para o céu. Não andam de jipe e óculos escuros. Não clamam por messias nem por prebendas. Não se queixam do «excessivo peso do Estado», para depois exigirem isenções e subsídios." É tempo de aprendermos que os bárbaros somos nós. Seria meio caminho andado para nos civilizarmos.

2 Comments:

Blogger Unknown said...

O texto é muito interessante, mas....corresponde à verdade?
Este texto circula na blogosfera há vários anos. Numa busca rápida consegui recuar a 27/2/2004. Provavelmente é anterior e a fonte original não aparece. Surge muitas vezes mais sem que os autores dos blogues digam que não é deles.
Penso que perante a falta de certificação da origem, está ao nível das designadas lendas urbanas, como a cocaína na coca-cola, o cancro provocado por desodorizante, as pipocas feitas com telemóveis, etc, que muitos ajudam a espalhar em blogues e mails.

7:47 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Pois, icewarm, provavelmente é texto antigo. E não há referências ao petróleo que lhes deu muito jeito. Mas a utilização dessa riqueza não é "à nossa moda". Criaram um fundo para o qual é canalizada uma parte substancial das receitas do petróleo que já garante a reforma de todos os noruegueses para já para três gerações. Pelo que vi durante uns dias que andei por lá, admito que corresponda à verdade. Reparei sobretudo que as crianças não faziam birras e ninguém berrava com elas. Os adolescentes, de férias, cumpriam algumas tarefas - nos hotéis ajudavam a instalar bagagens... e recebiam pagamento por esses trabalhos. E vi, numa vila numa ponta dum fiorde, dois professores a fazerem porta a porta a distribuição dos livros e materiais escolares que daí a uns dias iriam ser usados nas aulas. Entravam nas casas e falavam com as famílias. Um pouco diferente do "por cá".
Quanto ao que diz sobre os desodorizantes, eu, que nunca li essa associação ao cancro, desconfio do produto - aquilo tem alumínio, não há de ser muito saudável e pelo que faz à roupa do meu filho mais novo (um usador compulsivo)desconfio mesmo muito.

1:47 da manhã  

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