Sobre avaliação - Uma perguntinha
Aqui fica a perguntinha que o Desidério Murcho publicou no "de rerum natura"
Parece-me que uma das perguntas mais relevantes no que respeita à avaliação dos professores é a seguinte: com esta ou outra avaliação, ou sem qualquer avaliação, que diferença faz no que respeita à excelência no ensino? Que diferença faz na qualidade do ensino real, que os estudantes realmente recebem na escola?
Parece-me que uma das perguntas mais relevantes no que respeita à avaliação dos professores é a seguinte: com esta ou outra avaliação, ou sem qualquer avaliação, que diferença faz no que respeita à excelência no ensino? Que diferença faz na qualidade do ensino real, que os estudantes realmente recebem na escola?
E a resposta que me parece plausível é: "Não faz qualquer diferença relevante".
Não é com esta ou com outra avaliação que a qualidade do ensino será promovida. Esta avaliação tem por único objectivo poupar dinheiro, vedando o acesso ao topo da carreira à maior parte dos professores. E os protestos dos professores têm como única razão de ser a tolice burocrática e kafkiana que o processo de avaliação envolve.
O que realmente conta para promover a qualidade do ensino, contudo, não é abordado. Nem os dirigentes educativos nem os professores estão genuinamente comprometidos com a tentativa de melhorar o ensino. Houvesse esse comprometimento, e o debate seria completamente diferente.
3 Comments:
Est+á no escalaõ 9 ou 10. vai ter mais trabalho e não quer? Conforme-se. É a vida!
Olhe anónimo, eu sou um daqueles professores que a senhora ministra tem convidado insistentemente a ir embora. Diz que estamos velhos e cansados.
Na verdade sou já da primeira metade do século passado mas cansada parece que quem assim se declara é a senhora ministra. A senhora é que tem tido um diabólico trabalho para descobrir os modos de:
gastar menos dinheiro;
transformar a escola num espaço para robots - alunos, professores e funcionários;
Vou ter mais trabalho com o quê?
Acha que trabalho há 36 anos sem objetivos? Acha que o preenchimento dumas grelhas absurdas me vai transformar numa excelente professora?
O problema não é "mais trabalho", é a imposição de ignóbil entretem que impede as pessoas de fazerem aquilo que lhes compete. Entretem que não melhorará nada na qualidade do serviço que as escolas prestam.
Fica à vista que o anónimo não está preocupado com a melhoria das aprendizagens dos alunos.
Oh anónimo, conforme-se você com a idade que tem, senão nem chega ao 9º nem ao 10º escalão.
Com tanta dor-de-cotovelo os dias de baixa serão muitos e vai perder os ricos pontinhos da assiduidade.
Zé Fernando
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