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M. Eugénia Prata Pinheiro

terça-feira, maio 19, 2009

Tudo vai mal

Se um dos meus filhos me relatasse acontecimentos semelhantes aos ocorridos numa "aula de História" numa escola de Espinho naturalmente que o aconselharia veementemente a deixar de ir àquela "aula" e de imediato trataria de impor à gestão da escola a actuação adequada. Nunca, mas nunca o aconselharia a gravar a "aula".

Não se pode entender que os órgãos de gestão se mantenham indiferentes às queixas que , ao que parece, vinham de longe, que os directores de turma se mantenham à margem de histórias destas.

Não se pode entender que rapazes e raparigas de 12 e 13 anos aturem passivamente tal coisa. Vão a "aulas" destas porquê? Ignoram que devem ser respeitados? Não percebem que devem recusar participar em cenas destas? Não percebem que entrar em processos de gravações é fazer um jogo tão sujo como o daquelas "aulas"?

E os pais que precisam de ver/ouvir uma gravação para acreditarem nos filhos que formação lhes estão a dar? E que passam a cassete para a comunicação social que respeito têm por si próprios e pelos filhos?

Ao serviço de quê atira a SIC para o ar a cassete? A instrução implícita será "gravem-se uns aos outros" e a seguir virá "matem-se uns aos outros" que nós cá estaremos para fazer crescer as audiências. E usam as palavras "professora", "aula" e "sexualidade" para tratar aquilo.

Uma tristeza!

PS. Li por aí que a gravação da aula teria sido sugerida ou autorizada pelo CE. Brrrrrrrr. Valha-me o La Tourette!

PPS. Não se confirmou a informação anterior. Foram as famílias que tomaram a iniciativa da gravação. Bom que repensem o modo de se relacionarem com os filhos e com a escola.