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M. Eugénia Prata Pinheiro

domingo, outubro 25, 2009

O batedor Baldaia - bela aliteração|

Estive a ouvir, na repetição do "Expresso da meia-noite", o senhor Baldaia ,pelos vistos com responsabilidade na TSF que já há muito deixei de sintonizar por ter sido comprada pelo tal senhor do folclore transmontano.

Garantia o senhor Baldaia que a avaliação dos professores tem de seguir em frente porque a sua suspensão implicaria grande prejuízo para os professores que neste ciclo já foram avaliados. Dizia que dois mil tiveram já notações de muito bom e excelente.

Ih, ih, ih, ih. Em 2008, aos contratados que ficaram sujeitos ao processo sob pena de prejuízo no concurso, atribuíram-se aleatoriamente e de acordo com as quotas as ditas notações. Escolas houve que apenas distribuíram bom (chegando alguns presidentes de executivo a pedir desculpa por esta opção a alguns professores com excelentes desempenhos).

Do ano que findou pouco se sabe quanto a notações distribuídas. (Uma que eu sei até tenho vergonha de contar.) Mas sabemos todos os que estamos nas escolas a palhaçada que foi todo este processo.

Assim, quanto ao processo complex ou simplex, a única medida aceitável é enterrá-lo fundo. E nem será coisa nunca vista. Não há muitos anos anulou-se um processo que envolvera não sei quantos professores - a prova pública de passagem ao oitavo escalão. Foi tudo para o lixo, até os trabalhos que tinham sido apresentados para a dita prova e que o ME, no próprio decreto-lei, se comprometera a publicar. O senhor Baldaia está a mangar com os professores e a tentar torpedear a opinião pública.

Na mesma linha, afirma o senhor Baldaia que os professores não querem ser avaliados. Está cego e surdo. A larguíssima maioria proclama e escreve por aí que quer ser avaliada. A única exceção que conheço sou eu própria que ainda não consegui perceber como se liga um processo de avaliação dos professores à melhoria do trabalho que se faz nas escolas, mais difícil ainda de entender se inquinado por quotas. E dispenso-me de perorar agora sobre os "avaliadores".

E há mais coisas para enterrar - umas andam pelo Estatuto. Podem começar pelas titularidades distribuídas a granel. Aqui suponho não estar sozinha ao não entender de que sou titular.

Competiria ao senhor Baldaia, que faz da comunicação social profissão, informar-se e informar com correção. Se os ouvintes da sua rádio já são apenas os que adoram o tal folclore transmontano, então que fique apenas por lá onde poderá ter avaliação excelente. Na pantalha televisiva ganhou triste figura.