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M. Eugénia Prata Pinheiro

domingo, setembro 26, 2010

A jarra de porcelana e as jarretas que acorrem àquela mama.

A Casa Pia é uma jarra de porcelana - frase que titula a entrevista do Expresso à nova presidente Cristina Fangueiro (deixaram de chamar-se provedores...) que a senhora terá proferido citando a antecessora Joaquina Madeira.

Vá lá, esta tem a franqueza de não garantir que agora não há crianças abusadas na Casa Pia. Faz muito bem já que, como explica, os métodos continuam iguais aos do passado. Há uma queixa recente de abuso relativamente a um "educador", é comprovada e muda-se o homem para outra função dentro da pia casa.

O jornalista que conduz a entrevista, o senhor Rui Gustavo, não se deu ao trabalho de ler o acordão e refere "condenação com base em prova testemunhal". A senhora, que até foi ouvir a leitura da sentença em solidariedade com as vítimas, também não leu o acordão e não refuta a tese do jornalista. Eu que vou na página 1000 vejo que houve enorme trabalho de pesquisa e cruzamento de dados - registos de propriedade de telemóveis, as chamadas dos telemóveis, os registos de propriedade de automóveis dos arguidos, os percursos dos carros/carrinhas da Casa Pia, análise de documentos variados, depoimentos de grande número de testemunhas... Claro que não devem ter sido verificadas as "agendas" do sr. Carlos Cruz já que o seu secretário desaparecido deve ter tratado de lhes dar sumiço.

Talvez a senhora até tenha lido mas só as partes que dão para perceber que por ali escorre muuuito dinheiro que precisa de ser "bem gerido" e magnanimamente aceita o cargo. Só em resultado destas "bondades" aquele antro pode continuar a funcionar.

Há dias, dois dos agentes da PSP que fazem ronda no supermercado que frequento conversavam sobre a Casa Pia. Tenho a cabeça entre as orelhas e ouvi. Um deles afirmava estar convencido que desde a fundação da instituição teria havido abusos e que iria continuar a haver. Homem assisado!