Ciganos, africanos, caucasianos...
O senhor presidente da câmara de Lisboa acaba de dizer no círculo de mais ou menos quadrados que há problemas de relacionamento entre a comunidade cigana e a comunidade africana. Xenofobias aparte, o senhor distingue então ciganos, africanos e caucasianos. E os caucasianos estão fora destes preconceitos. Por onde se passeará este senhor? Que locais frequenta? Vive numa bolha?
Em tempos de crise estimula-se o racismo, a xenofobia. Os ciganos foram desde sempre uma utilíssima criação para garante da pureza dos "outros". Eles eram os que ficavam à margem para dar a ideia de que todos os outros estavam bem integrados. E "dos outros", os que iam sendo empurrados para fora ganhavam estatuto de ciganada.
Os bons caucasianos exterminaram no gás meio milhão de ciganos mas a história logo baniu da memória o episódio, tal como agora se propõe banir o extermínio dos judeus. A coisa (o)corre de acordo com as conveniências.
E continuando sobre o nosso agora, transcrevo dum blogue amigo
Em tempos de crise estimula-se o racismo, a xenofobia. Os ciganos foram desde sempre uma utilíssima criação para garante da pureza dos "outros". Eles eram os que ficavam à margem para dar a ideia de que todos os outros estavam bem integrados. E "dos outros", os que iam sendo empurrados para fora ganhavam estatuto de ciganada.
Os bons caucasianos exterminaram no gás meio milhão de ciganos mas a história logo baniu da memória o episódio, tal como agora se propõe banir o extermínio dos judeus. A coisa (o)corre de acordo com as conveniências.
E continuando sobre o nosso agora, transcrevo dum blogue amigo
14 Julho 2008
Civilização
Chegada à terra (não lhe chamo berço, não, por razões estéticas) da democracia, dos direitos humanos, as notícias não espantam, mas revoltam.
Estamos na magnífica Europa que viveu a emigrar durante décadas. Chega a Espanha (ilha La Gomera, uma das Canárias) uma embarcação com "uma massa de corpos semi-inconscientes, colados uns aos outros, impedindo de distinguir os mortos dos sobreviventes" (El País, 12 de Julho). Lançados ao mar foram, enquanto os vivos tiveram forças para o fazer, os cadáveres dos que foram morrendo pelo caminho. Os sobreviventes, que sobreviverem, serão sem papéis, detidos em centros destinados a que esperem pela remessa à procedência, isto é, à expatriação para os países de origem.Viva a civilização; preferia viver na barbárie. (fim de citação)
Pois, tudo coisas da civilização. E havendo civilização não há bárbaros.
Pois, tudo coisas da civilização. E havendo civilização não há bárbaros.
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