Não vá o sapateiro além da chinela ... ou cada macaco no seu galho...
Os provérbios da entrada são reacionarotes mas inevitáveis.
Há dias, num blogue de professores que caía em cima do senhor Marinho Pinto, armei-me num comentário em "defensora" do homem. Em muitas das suas intervenções põe o dedo nas feridas. E o desassombro agrada-me.
Mas, estando hoje com a pantalha televisiva iluminada, dei de caras com o senhor bastonário a reclamar da enorme facilidade do exame de português do 12º ano. Dizia ele que o faria na sua 4ª classe. Grande escola teve! Bem gostava de saber por que escola andou. É que a prova que eu vi do 12º ano pareceu-me difícil e com falhas de construção. E os resultados viram-se - bons alunos obtiveram péssimos resultados.
Sobre os exames muita água vai ainda correr debaixo das pontes. Bom era que as opiniões de tantos comentadores fossem bem fundamentadas.
Remetendo-me à minha chinela, e estando o assunto em discussão aí pela blogosfera, não considero que as aferições de 6º ano fossem um mar de facilitismo. Quer a prova de português, quer a de matemática eram provas extensas e que exigiam concentração. Tendo estado envolvida na classificação da prova de português, recebi (e passei aos classificadores que comigo trabalharam) instrução de rigor na aplicação dos critérios definidos para a sua análise.
Tentámos aplicá-los o mais rigorosamente que pudemos. Digo tentámos já que sabemos das dificuldades que encontramos na classificação de provas de português, sobretudo na expressão escrita e em questões abertas que implicam opiniões pessoais, interpretações com margem de subjetividade. E sabemos dos "critérios obscuros" que nos assaltam na função - uma letra feiota, uma mancha de texto desagradável à vista, dois erros ortográficos logo na primeira linha da composição são o suficiente para inquinar a tarefa. Mas tentámos e os resultados finais, tanto das provas que corrigi como das provas dos alunos da minha escola, não foram brilhantes.
Pensando nos meus Excertos, publicados no blogue em 28 de Setembro de 2007 e reveladores do modo como tantos alunos chegam ao 5º ano de escolaridade, interrogo-me sobre a dificuldade de construir este exercício de aferição que se pretende "universal", e mesmo da sua utilidade.
Há desnorte na definição do que hoje, ciclo a ciclo, deve ser exigido. Desorientação também na articulação entre ciclos. Desorientação é palavra leve. Inexistência de articulação.
Trabalhinho sem rede, é o que é.
Há dias, num blogue de professores que caía em cima do senhor Marinho Pinto, armei-me num comentário em "defensora" do homem. Em muitas das suas intervenções põe o dedo nas feridas. E o desassombro agrada-me.
Mas, estando hoje com a pantalha televisiva iluminada, dei de caras com o senhor bastonário a reclamar da enorme facilidade do exame de português do 12º ano. Dizia ele que o faria na sua 4ª classe. Grande escola teve! Bem gostava de saber por que escola andou. É que a prova que eu vi do 12º ano pareceu-me difícil e com falhas de construção. E os resultados viram-se - bons alunos obtiveram péssimos resultados.
Sobre os exames muita água vai ainda correr debaixo das pontes. Bom era que as opiniões de tantos comentadores fossem bem fundamentadas.
Remetendo-me à minha chinela, e estando o assunto em discussão aí pela blogosfera, não considero que as aferições de 6º ano fossem um mar de facilitismo. Quer a prova de português, quer a de matemática eram provas extensas e que exigiam concentração. Tendo estado envolvida na classificação da prova de português, recebi (e passei aos classificadores que comigo trabalharam) instrução de rigor na aplicação dos critérios definidos para a sua análise.
Tentámos aplicá-los o mais rigorosamente que pudemos. Digo tentámos já que sabemos das dificuldades que encontramos na classificação de provas de português, sobretudo na expressão escrita e em questões abertas que implicam opiniões pessoais, interpretações com margem de subjetividade. E sabemos dos "critérios obscuros" que nos assaltam na função - uma letra feiota, uma mancha de texto desagradável à vista, dois erros ortográficos logo na primeira linha da composição são o suficiente para inquinar a tarefa. Mas tentámos e os resultados finais, tanto das provas que corrigi como das provas dos alunos da minha escola, não foram brilhantes.
Pensando nos meus Excertos, publicados no blogue em 28 de Setembro de 2007 e reveladores do modo como tantos alunos chegam ao 5º ano de escolaridade, interrogo-me sobre a dificuldade de construir este exercício de aferição que se pretende "universal", e mesmo da sua utilidade.
Há desnorte na definição do que hoje, ciclo a ciclo, deve ser exigido. Desorientação também na articulação entre ciclos. Desorientação é palavra leve. Inexistência de articulação.
Trabalhinho sem rede, é o que é.
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