Ainda as vozes de burro
Que às vezes chegam ao céu...
Passados uns meses é melhor que nunca. E o Conselho Pedagógico lá tomou a medida pedagógica de fazer as substituições com plano dentro da área. Talvez me tenha livrado de algumas extravagâncias. Claro que também devo ter perdido assunto para alguns textos de raiva. Não se pode ter tudo!
E a senhora ministra lá vai levando a sua avante.
Um dia destes uma daquelas jovens colegas, empenhada em fazer bem o que tem para fazer, veio recorrer à minha "experiência em cumprir plano alheio" para que lhe desse umas dicas para elaborar plano para duas aulas a que tinha que faltar para poder acompanhar o seu filho de três anos numa cerimónia na natação. E tentámos pôr tudo o que pudesse facilitar a vida aos substitutos, pudemos descobrir quem seriam e ela pôde contactá-los de modo a que as aulas ainda distantes corram bem para todas as partes. Um ponto para a ministra.
Hoje de manhã a diligente funcionária com quem já tenho encenação definida - ela aproxima-se de mim, eu grito e ela entrega-me a guia de marcha - apresentou-me o plano para a substituição da tarde - 9º ano, correcção da segunda parte do teste sobre Gil Vicente e auto-avaliação. Foi divertido voltar a trabalhar a este nível alguns assuntos gramaticais - coordenação, subordinação, conjunções.Turma simpática, mesclada de cores e tamanhos, que me pareceu disponível para aprender.
Logo que eu entrara, uma aluna cumprimentara-me de modo mais próximo - tinha sido minha aluna há uns quatro anos e travei com ela diálogo mais franco. Mais para o final da aula, quando trabalhavam nas suas auto-avaliações, uma rapariga lançou um comentário jocoso que me permitiu uma colherada brincalhona. Que também fora minha aluna - disse-me de seguida. Pedi-lhe o nome. E aquela rapariga alta, elegante, desempoeirada, simpática e sorridente transformou-se numa menina de dez anos gorducha, tímida, descrente de si, lenta em qualquer movimento, sentada a uma primeira mesa de uma qualquer sala de aula há uns seis anos atrás. Um espanto! Como gostei de a reencontrar! Um ponto para a ministra.
E hoje um dos nossos alunos ciganos deu-nos ânimo com o seu acordeão.
Afinal, muitos pontos para nós.
Passados uns meses é melhor que nunca. E o Conselho Pedagógico lá tomou a medida pedagógica de fazer as substituições com plano dentro da área. Talvez me tenha livrado de algumas extravagâncias. Claro que também devo ter perdido assunto para alguns textos de raiva. Não se pode ter tudo!
E a senhora ministra lá vai levando a sua avante.
Um dia destes uma daquelas jovens colegas, empenhada em fazer bem o que tem para fazer, veio recorrer à minha "experiência em cumprir plano alheio" para que lhe desse umas dicas para elaborar plano para duas aulas a que tinha que faltar para poder acompanhar o seu filho de três anos numa cerimónia na natação. E tentámos pôr tudo o que pudesse facilitar a vida aos substitutos, pudemos descobrir quem seriam e ela pôde contactá-los de modo a que as aulas ainda distantes corram bem para todas as partes. Um ponto para a ministra.
Hoje de manhã a diligente funcionária com quem já tenho encenação definida - ela aproxima-se de mim, eu grito e ela entrega-me a guia de marcha - apresentou-me o plano para a substituição da tarde - 9º ano, correcção da segunda parte do teste sobre Gil Vicente e auto-avaliação. Foi divertido voltar a trabalhar a este nível alguns assuntos gramaticais - coordenação, subordinação, conjunções.Turma simpática, mesclada de cores e tamanhos, que me pareceu disponível para aprender.
Logo que eu entrara, uma aluna cumprimentara-me de modo mais próximo - tinha sido minha aluna há uns quatro anos e travei com ela diálogo mais franco. Mais para o final da aula, quando trabalhavam nas suas auto-avaliações, uma rapariga lançou um comentário jocoso que me permitiu uma colherada brincalhona. Que também fora minha aluna - disse-me de seguida. Pedi-lhe o nome. E aquela rapariga alta, elegante, desempoeirada, simpática e sorridente transformou-se numa menina de dez anos gorducha, tímida, descrente de si, lenta em qualquer movimento, sentada a uma primeira mesa de uma qualquer sala de aula há uns seis anos atrás. Um espanto! Como gostei de a reencontrar! Um ponto para a ministra.
E hoje um dos nossos alunos ciganos deu-nos ânimo com o seu acordeão.
Afinal, muitos pontos para nós.
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