Ainda os 400 milhões
No final de setembro o jornalista Pedro Santos Guerreiro no Jornal de Negócios publicou texto atribuindo aos professores 400 milhões do orçamento para as progressões na carreira resultantes do acordo que o Ministério fizera com o sindicato.
Este número tem sido usado por muitos comentadores que quase atribuem aos professores a responsabilidade pelo défice.
Escrevi mail no início de outubro ao jornalista pedindo-lhe que trocasse por miúdos um tal número.
Recebi um dia destes resposta que já agradeci. Explica-me então Pedro Guerreiro que no boletim de execução orçamental de Julho há um aumento de despesa de 1,1 mil milhões de euros face ao mesmo período de 2009. E é o próprio relatório que explica que um terço desse desvio é explicado pelas "alterações de posição remuneratória dos docentes do ensino não superior associados ao processo de avaliação".
Se até ao final de Julho o custo do acordo fora de 340 milhões de euros, Pedro Guerreiro diz ter extrapolado por baixo, muito por baixo para chegar aos 400 milhões/ano.
Ter-lhe iam bastado uma rápidas contas para verificar que o relatório é uma fraude.
Os 340 milhões a dividir pelos 7 meses (incluo o Julho) dá mais de 48 milhões e meio por mês. Dividindo esta verba pelos 120 mil professores dos quadros, cada um teria levado para casa um acrescento de mais de 400 euros. Para rir.
Não percebo como este senhor jornalista, que até costuma trabalhar com dados acertados, aceita uma explicação destas no orçamento, a toma como boa e se faz porta-voz de uma tal vigarice para o público.
Foram poucos os professores que progrediram e muitos dos que deviam ter progredido não saíram da cepa torta. Os dois anos e meio de congelamento a que os professores estiveram sujeitos traduziram-se em bons ganhos para o erário. E as mudanças de escalão correspondem a curtos aumentos. Por ordem, do 1º escalão até ao 10º as subidas são de 191 euros, 155 euros, 118 euros, 153 euros, 90 euros, 223 euros, 268 euros, 373 euros e 273 euros na passagem final. São valores ilíquidos.
Gostava bem de saber a quantia de euros que foi usada nas transições dos professores. É por certo bem pequena.
E gostava, ó se gostava, de saber para onde foram os 340 + 340 milhões.
Quem consegue ainda acreditar em qualquer conta que os trafulhas que nos desgovernam apresentam?
Este número tem sido usado por muitos comentadores que quase atribuem aos professores a responsabilidade pelo défice.
Escrevi mail no início de outubro ao jornalista pedindo-lhe que trocasse por miúdos um tal número.
Recebi um dia destes resposta que já agradeci. Explica-me então Pedro Guerreiro que no boletim de execução orçamental de Julho há um aumento de despesa de 1,1 mil milhões de euros face ao mesmo período de 2009. E é o próprio relatório que explica que um terço desse desvio é explicado pelas "alterações de posição remuneratória dos docentes do ensino não superior associados ao processo de avaliação".
Se até ao final de Julho o custo do acordo fora de 340 milhões de euros, Pedro Guerreiro diz ter extrapolado por baixo, muito por baixo para chegar aos 400 milhões/ano.
Ter-lhe iam bastado uma rápidas contas para verificar que o relatório é uma fraude.
Os 340 milhões a dividir pelos 7 meses (incluo o Julho) dá mais de 48 milhões e meio por mês. Dividindo esta verba pelos 120 mil professores dos quadros, cada um teria levado para casa um acrescento de mais de 400 euros. Para rir.
Não percebo como este senhor jornalista, que até costuma trabalhar com dados acertados, aceita uma explicação destas no orçamento, a toma como boa e se faz porta-voz de uma tal vigarice para o público.
Foram poucos os professores que progrediram e muitos dos que deviam ter progredido não saíram da cepa torta. Os dois anos e meio de congelamento a que os professores estiveram sujeitos traduziram-se em bons ganhos para o erário. E as mudanças de escalão correspondem a curtos aumentos. Por ordem, do 1º escalão até ao 10º as subidas são de 191 euros, 155 euros, 118 euros, 153 euros, 90 euros, 223 euros, 268 euros, 373 euros e 273 euros na passagem final. São valores ilíquidos.
Gostava bem de saber a quantia de euros que foi usada nas transições dos professores. É por certo bem pequena.
E gostava, ó se gostava, de saber para onde foram os 340 + 340 milhões.
Quem consegue ainda acreditar em qualquer conta que os trafulhas que nos desgovernam apresentam?
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