Concursos faz de conta
Um professor de matemática apresentou, no início do 2º período um atestado de longa duração. Publicou-se anúncio no jornal abrindo concurso. Das candidaturas entradas, aceitaram-se noventa e tal. Ordenaram-se os candidatos. Concluídas estas formalidades, entendeu-se que o ideal seria colocar um candidato que já estivera na escola no início do 1º período substituindo este mesmo professor doente.
Embora não fosse o primeiro da lista graduada, embora esta preferência não constasse na abertura do concurso, foi este o professor colocado. Significa isto que não houve concurso nenhum mas, para cumprimento do "faz de conta", os alunos estiveram 22 dias sem aulas, os funcionários administrativos tiveram que entreter o seu tempo com toda esta burocracia, deixando para os professores/directores de turma horas de tarefas administrativas a enfiar nos processos informatizados dos alunos números disto e daquilo do pai, da mãe...
Enfim, gestão de recursos pós-moderna. Por sorte, os candidatos não reclamam. Serão bons robots ou é-lhes de todo impossível controlar o processo?
Li num jornal a carta de um professor membro de um conselho executivo lamentando a morosidade do processo (receberam duzentas e tal candidaturas para um horário) e salientando as "recomendações" já recebidas em relação a alguns candidatos.
Há também processos mais discretos. Numa escola estão duas jovens contratadas, em substituições por licenças de maternidade . Querendo garantir-se trabalho até ao final do ano a uma delas, a menos graduada das duas mas a mais "recomendada" (ia dizer bajuladora, mas agrada-me esta suavidade à portuguesa), com umas trocas e baldrocas saíu da manga uma vaga especial que, sem qualquer abertura de concurso, garantirá à jovem "recomendada" emprego até ao final de Agosto (quiça por mais dois anos?), e acumulação de tempo de serviço para os próximos concursos, se os houver. Talvez bastem as recomendaçõezinhas.
E lá vão cantando e rindo estes concursos faz de conta.
Embora não fosse o primeiro da lista graduada, embora esta preferência não constasse na abertura do concurso, foi este o professor colocado. Significa isto que não houve concurso nenhum mas, para cumprimento do "faz de conta", os alunos estiveram 22 dias sem aulas, os funcionários administrativos tiveram que entreter o seu tempo com toda esta burocracia, deixando para os professores/directores de turma horas de tarefas administrativas a enfiar nos processos informatizados dos alunos números disto e daquilo do pai, da mãe...
Enfim, gestão de recursos pós-moderna. Por sorte, os candidatos não reclamam. Serão bons robots ou é-lhes de todo impossível controlar o processo?
Li num jornal a carta de um professor membro de um conselho executivo lamentando a morosidade do processo (receberam duzentas e tal candidaturas para um horário) e salientando as "recomendações" já recebidas em relação a alguns candidatos.
Há também processos mais discretos. Numa escola estão duas jovens contratadas, em substituições por licenças de maternidade . Querendo garantir-se trabalho até ao final do ano a uma delas, a menos graduada das duas mas a mais "recomendada" (ia dizer bajuladora, mas agrada-me esta suavidade à portuguesa), com umas trocas e baldrocas saíu da manga uma vaga especial que, sem qualquer abertura de concurso, garantirá à jovem "recomendada" emprego até ao final de Agosto (quiça por mais dois anos?), e acumulação de tempo de serviço para os próximos concursos, se os houver. Talvez bastem as recomendaçõezinhas.
E lá vão cantando e rindo estes concursos faz de conta.
1 Comments:
Olá, gostaria de te convidar para participar de uma rede de conteúdo para blogueiros.
Chama Ocasional, se você tiver interessa veja como funciona a rede aqui em www.ocasional.com.br/howto.aspx ou então pode enviar um email no smatosjr@gmail.com
Abs,
Samuel
Enviar um comentário
<< Home