Manuais escolares
O senhor Paulo Portas não deve pegar num manual escolar desde que saíu da sua escola/liceu/colégio(?).
Um manual escolar dos tempos que correm nada tem de semelhante aos "livros únicos" que acompanharam a escolaridade do senhor há quarenta e tal anos atrás.
Para além da bonecada, em tantos casos excessiva, há na maioria espaço consagrado a trabalho prático - exercícios de interpretacão de texto, exercícios de aplicação das matérias apresentadas.
Como me contava há dias uma mãe empregada doméstica, uma das filhas, para quem arranjara manuais em segunda mão, era diariamente vítima dos colegas que a acusavam junto dos professores de não fazer os trabalhos porque já os tinha feitos, embora a mãe tivesse tentado apagar todas as "realizações" anteriores.
O senhor Paulo Portas diz que os livros passavam de irmão para irmão. Pois era. Estavam lá em casa. Permitiam sempre consulta. Se os meus alunos, que não têm em casa outros livros, devolverem no final de cada ano os manuais escolares, nunca poderão fazer qualquer revisão de uma matéria.
Dar atempadamente os manuais aos alunos mediante corretos contratos com as editoras devia poder custar uma ninharia. E pôr os livros nas mãos dos alunos seria o modo mais imediato de a sociedade lhes dizer que contava que eles quisessem aprender.
Já há uns anos descrevi por aqui a cena a que assistira numa pequena vila perdida na ponta de um fiorde na Noruega - imediatamente antes do início do ano escolar, os professores, de porta em porta, levavam e apresentavam os manuais escolares aos alunos e famílias.
Um manual escolar dos tempos que correm nada tem de semelhante aos "livros únicos" que acompanharam a escolaridade do senhor há quarenta e tal anos atrás.
Para além da bonecada, em tantos casos excessiva, há na maioria espaço consagrado a trabalho prático - exercícios de interpretacão de texto, exercícios de aplicação das matérias apresentadas.
Como me contava há dias uma mãe empregada doméstica, uma das filhas, para quem arranjara manuais em segunda mão, era diariamente vítima dos colegas que a acusavam junto dos professores de não fazer os trabalhos porque já os tinha feitos, embora a mãe tivesse tentado apagar todas as "realizações" anteriores.
O senhor Paulo Portas diz que os livros passavam de irmão para irmão. Pois era. Estavam lá em casa. Permitiam sempre consulta. Se os meus alunos, que não têm em casa outros livros, devolverem no final de cada ano os manuais escolares, nunca poderão fazer qualquer revisão de uma matéria.
Dar atempadamente os manuais aos alunos mediante corretos contratos com as editoras devia poder custar uma ninharia. E pôr os livros nas mãos dos alunos seria o modo mais imediato de a sociedade lhes dizer que contava que eles quisessem aprender.
Já há uns anos descrevi por aqui a cena a que assistira numa pequena vila perdida na ponta de um fiorde na Noruega - imediatamente antes do início do ano escolar, os professores, de porta em porta, levavam e apresentavam os manuais escolares aos alunos e famílias.
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