Nem sei como chamar-lhe...
Ridicularia?
Burocracia?
Delinquência?
Burocracia?
Delinquência?
Os conselhos de turma distribuem-se por três dias, segunda, terça e quarta. Alguns professores, por acasos da fortuna, tiveram as suas turmas distribuídas por segunda e terça. Alguns directores de turma e respectivos secretários completaram todas as tarefas que lhes competiam excepto uma - a entrega de toda a documentação ao conselho executivo.
Alguns, contentes com a sua eficiência, subiam o escadório próprio de qualquer santuário, ao encontro das divindades, transportando nos braços, em jeito de generosa oferenda, pautas, registos biográficos, fichas de informação aos ees, planos de recuperação, planos de desenvolvimento, acta... tudo devidamente organizado, trancado, terminado. Desciam desanimados com a fúria dos deuses.
Têm que voltar à escola na quarta-feira, na hora agendada (a horinha da missa), para cumprir em fila ordenada essa formalidade. A papelada por lá fica adormecida e mal instalada em cacifos atulhados onde, pelo menos as pautas, com maior dimensão, sofrerão as agruras de um tal destino.
São brincadeiras, exercícios de vão poder. Parecendo memória de Salazar, não é. Os tempos são outros, são de ressabiamento resultante da crise.
Vigias e capatazes, ocupem os vossos postos! Em frente com o autoritarismo coercivo!
(Onde é que eu li isto? Valha-me santo Alzheimer!)
São sítios de violência, as escolas. Também, às vezes, contra os professores. Vazias de alunos, vai de pôr nas cabeças docentes as orelhas de burro.
Alguns, contentes com a sua eficiência, subiam o escadório próprio de qualquer santuário, ao encontro das divindades, transportando nos braços, em jeito de generosa oferenda, pautas, registos biográficos, fichas de informação aos ees, planos de recuperação, planos de desenvolvimento, acta... tudo devidamente organizado, trancado, terminado. Desciam desanimados com a fúria dos deuses.
Têm que voltar à escola na quarta-feira, na hora agendada (a horinha da missa), para cumprir em fila ordenada essa formalidade. A papelada por lá fica adormecida e mal instalada em cacifos atulhados onde, pelo menos as pautas, com maior dimensão, sofrerão as agruras de um tal destino.
São brincadeiras, exercícios de vão poder. Parecendo memória de Salazar, não é. Os tempos são outros, são de ressabiamento resultante da crise.
Vigias e capatazes, ocupem os vossos postos! Em frente com o autoritarismo coercivo!
(Onde é que eu li isto? Valha-me santo Alzheimer!)
São sítios de violência, as escolas. Também, às vezes, contra os professores. Vazias de alunos, vai de pôr nas cabeças docentes as orelhas de burro.