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Por lá, no que toca às escolas, são os professores que decidem se devem ou não encerrar.
Ensino: PE defende maior reconhecimento     social dos professores
02/04/09 -     Maiores níveis de reconhecimento social dos professores e sistemas de     avaliação orientados não só para os resultados quantitativos e os     desempenhos dos alunos, mas também para a avaliação do próprio sistema,     tendo em conta o contexto socioeconómico específico de cada escola, são     algumas das recomendações hoje feitas pelo Parlamento Europeu aos     Estados-Membros no âmbito da educação. Os resultados positivos do ensino     dependem, segundo o PE, do "respeito assegurado à autoridade dos     professores".
Os professores são uma peça     essencial para uma escola de qualidade e, como tal, devem ser-lhes     oferecidos "níveis de reconhecimento social, estatutos e remunerações     condizentes com a importância das suas funções", defende o Parlamento     Europeu na resolução "Melhores escolas: Uma agenda para a cooperação     europeia".
 
Os resultados positivos do     ensino dependem, segundo o documento, do "respeito assegurado à     autoridade dos professores". Os professores devem ainda reflectir a     diversidade da sociedade, o que se traduz, por exemplo, na necessidade de     atrair mais homens para a docência.
 
A resolução apresentada pelos     grupos políticos PPE/DE, PSE, ALDE, Verdes/ALE e CEUE/EVN salienta a     importância do investimento na educação pré-escolar, fundamental para o     aumento do "nível geral das competências" e para a diminuição das     taxas de abandono escolar. Os eurodeputados apelam aos Estados-Membros que,     nesse sentido, assegurem "preços acessíveis" para a frequência     dos estabelecimentos pré-primários.
 
Ao nível do ensino básico, o PE     defende a importância da "aprendizagem de línguas estrangeiras desde     muito cedo" e apoia a proposta de um novo parâmetro de referência,     segundo o qual pelo menos 80% dos alunos do ensino básico devem aprender     pelo menos duas línguas estrangeiras.
 
A educação escolar deve ser uma     prioridade essencial do próximo ciclo do processo de Lisboa e o ensino de     qualidade um meio para melhorar as taxas de literacia e desenvolver as     competências dos futuros trabalhadores europeus, consideraram os     eurodeputados. Os parlamentares manifestam a sua preocupação com a     "tendência decrescente do nível de literacia e de numeracia dos     alunos", recomendando aos Estados-Membros que melhorem o acesso dos     grupos desfavorecidos ao ensino universitário e formação profissional     através de bolsas adequadas e que promovam a educação em tecnologias de     informação e comunicação (TIC), assim como em literacia mediática.
 
O PE sublinha que as avaliações     das escolas devem ter em conta o contexto socioeconómico específico e não     apenas os resultados quantitativos e desempenho dos alunos, já que um     sistema de avaliação deste género "poderia conduzir a uma     hierarquização social das escolas e à criação de sistemas a diferentes     velocidades".
 
A relação da escola com a sociedade     deve também ser privilegiada. O Parlamento Europeu realça, nesse contexto,     a importância das ligações com o mercado de trabalho, com a comunidade, com     organizações de jovens e mesmo com outras escolas, através de programas de     mobilidade de alunos e professores.
 
No novo texto, foram retiradas     as recomendações da comissão parlamentar da Cultura e da Educação para que     os Estados-Membros garantam um ensino na língua materna para os filhos de     migrantes legais e para que o mesmo apoio financeiro seja dado a todos os     tipos de escola, em função da sua dimensão e "independentemente da sua     filosofia educativa". O PE rejeitou, igualmente, o destaque dado no     relatório original à importância das "escolas de orientação religiosa     que prestam uma elevada qualidade de ensino e transmitem sólidos valores     morais".