Brainstorming
Tenho pontos para a minha titularidade.
O meu jovem e querido colega contratado Hugo (da idade do meu filho mais velho), apoiando sem reservas o meu acesso a esse quadro de "titulares de quê", cedeu-me os seus 750 pontos. São da TMN e foram muitas as horas de comunicação necessárias para os obter.
Eternamente grata, meu caro.
E nesta onda de solidariedade, uma vez que não preciso de tantos pontos, disponibilizo desde já, aí para mais 4 colegas deste jurássico 10º escalão, os pontos sobrantes. Olhe, caro anónimo, reservo-lhe a primeira fatia. A alma grande do Hugo concordará com esta decisão.
Aliás, imagino que a curto prazo disporá de mais uma boa soma de pontos já que, estando o Hugo a 300 km de casa, os necessários contactos com a companheira, os pais, os inúmeros irmãos, enfim, toda a família de suporte, estão sempre a pontuar.
Aquele querido ainda disponibilizou pontos BP. Embora ande para trás e para a frente sobretudo de comboio, de vez em quando lá corre os 600 km de carro. A CP ainda não dá pontos, mas talvez espreite agora este furo do concurso "titulares de quê" para aliciar professores e sair do buraco económico em que está enfiada.
Um acordo certeiro entre o ME e o mundo empresarial para este negócio das pontuações para professores titulares de quê permitirá atingir largos objectivos. Saliento:
descentrará o poder dos CEs, deixando de serem estes os únicos a distribuir pontos (vulgo - cargos);
desenvolverá práticas consumistas em quebra neste momento de contenção;
permitirá que empresas, muitas delas públicas, saiam da crise em que se encontram;
devolverá emprego privado para muitos jovens controladores desta distribuição de pontuação ao nível das empresas aderentes, reduzindo simultaneamente lugares no público pois deixarão de justificar-se as comissões de certificação, os júris para adicionar pontos, os funcionários administrativos para tratar da papelada; qualquer maquineta lerá os cartões com os somatórios acumulados, podendo, eventualmente, acumulá-los no novíssimo chip do cartão de cidadão;
permitirá que os actuais negociadores, representantes do ME e dos sindicatos de professores, já parcos de ideias e cansados destas rondas de estéreis negociações, vão para a praia que a Prima Vera está aí;
porá em igualdade de circunstâncias todos os velhos professores do 10º escalão, com um recibo igual no fim de cada mês. Claro que terão vantagem os que, no exercício natural das funções de acompanhamento dos iniciados prevista para os "titulares de quê", agreguem à sua volta estes jovens amigos generosos.
E assim, um rápido brainstorming hoje na sala dos fumadores encontrou a solução para este magno problema gerado pelo renovado ECD. Uma resposta rápida para uma questão afinal simples.
Vivam os jovens!
Vivam os velhos!
Fumar faz bem!