Leitura para o fim de semana
A leitura permite refletir sobre a crise em que vamos mergulhando.
Do Manuel António Pina (JN de 30.01.2009): A moral da história
João Pedroso teve os seus 15 minutos de glória mediática no processo Casa Pia ao lado do irmão Paulo, colega da ministra da Educação no ISCTE. Pelos vistos tomou-lhe o gosto, e volta agora à ribalta depois de contratar e cobrar por duas vezes o mesmo serviço ao Ministério da ministra. Tratava-se de fazer um apanhado das leis sobre Educação, coisa complicada de mais para os juristas do Ministério. Da primeira vez, cobrou e não fez o trabalho.
O Ministério, magnânimo (afinal o dinheiro não é seu, é dos contribuintes), encomendou-lho… de novo. E de novo lho pagou. E Pedroso de novo o não concluiu. Aí, o Ministério, em vez de, como é normal, lhe encomendar e pagar o serviço uma terceira vez, decidiu enfim rescindir o contrato. Só que Pedroso já embolsara 287 980 euros. Devolveu-os? Não. Devolverá… metade. A prestações. Entretanto, a Universidade de Coimbra lembrou-se de repente de que Pedroso tinha subscrito consigo um contrato (outro) de exclusividade… Está em curso o usual inquérito, mas não há-de ser nada. Histórias destas, em Portugal, acabam sempre bem, com o herói a casar com a rapariga.
A última novidade - datada da passada 6ª feira - é este mail da DGRHE (que gostaria que fosse apócrifo) em que se obriga as escolas a cumprir as quotas nas classificações para os contratados. Perante a imensidão de Bons, mesmo que fora de prazo e com uma legalidade novamente mais do que duvidosa, o ME pretende impor uma reclassificação dos contratados no passado ano lectivo.
Não estou aqui com os decreto à mão mas quer-me parecer que o ponto 4 deste mail não tem qualquer fundamento jurídico. desde quando é que é obrigatório atribui os Excelentes e Muito Bons?
Ou é porque alguém atribuiu só os ditos cujos?
Avaliação de docentes em 2007/08
1.Em Setembro de 2008 foi solicitado a cada Agrupamento/Escola não agrupada que indicasse quais as classificações atribuídas ao professores contratados que foram avaliados.
2.Tendo-se constatado que algumas escolas não respeitaram as quotas a que tinham direito, foi solicitada a correcção das referidas situações.
3.Assim ficam, novamente disponíveis os dados introduzidos com a hipótese de procederem às alterações entretanto ocorridas e à correcção de possíveis enganos na primeira submissão de dados.
4.Recorda-se que as percentagens máximas de Muito Bom e Excelente, para cada universo de avaliados, têm que ser cumpridas.
Pode aceder à aplicação em ESCOLAS\AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO\Ponto de situação da Avaliação de Desempenho (A preencher pelas escolas - actualização da avaliação de 2007/2008 ) - (actualizado em 23/01/2009) - 10-09-2008.
Deve efectuar o preenchimento até dia 30 de Janeiro de 2009
Agradeço a vossa atenção para o facto.
Lisboa, 23 de Janeiro de 2009.Com os melhores cumprimentos,
A DGRHE - Direcção Geral dos Recursos Humanos da Educação
Ontem, 139 (podia ser mais um...) PCEs de todo o país - ou melhor, quase todos do Norte e do Centro, que os de Lisboa e do Sul estão bastante adesivados - fizeram uma reunião histórica. Não me lembro de alguma vez um grupo de PCEs de várias regiões do país terem reunido, por sua iniciativa. Muito menos, para bater numa medida política do Governo.
Na falta de governantes com juízo - os nossos colocam os seus filhos nas escolas privadas - restam os pais e encarregados de educação dos alunos para defender a Escola Pública. Graças a Deus.
Os abaixo-assinados:
Subscreva esta petição em http://www.petitiononline.com/minedupt/petition.html